domingo, dezembro 20, 2009

não querer aniversário.
não querer aprisionar.
querer ficar perto, muito perto, sem ser julgada.
medo de voar de tão leve.
medo do tombo de quem voa leve.
medo de ser óbvia.
medo de não estar sendo óbvia.
impaciência.
corpo que não esconde.
não aguenta sentado.
tomba a cabeça com sono para o lado.
foge. pisa em ovos. quebra pratos.

3 comentários:

Anônimo disse...

prá quem tá quente, cool...
prá quem não sabe sou mais um..."
(otto)
é isso também, não?
lu

Anônimo disse...

essa é a versão do tom zé para
tua postagem:

De vez em quando
todos os olhos se voltam pra mim,
de lá do fundo da escuridão
esperando que eu seja um deus
querendo apanhar, querendo que eu bata,
querendo que eu seja um Deus.

Mas eu não tenho chicote,
eu não tenho chicote,
eu não tenho chicó.

Mas eu sou até fraco,
eu sou até fraco,
eu sou até fraco.

(tom zé, todos os olhos)

LUCIANO

Talita disse...

e era meu aniversário.
e eu não querendo ser
a solidão precisa no momento de não ser. no mommento que dizem que você é. só. só você e a torre que te ergueu. só você e todos os outros que estão sempre contigo. só você e o medo de ser óbvia, e o medo, maior ainda de não ser óbvia. só você e a tristeza do outro, so você e o seu próprio choro.
ela sempre diz coisas pra mim. mesmo que não fale. e mesmo que fale não para mim.
o corpo que não esconde quer corpo que esconde. e outros corpos também. e alguns copos, quebrados como os pratos.

não me deixa, não me deixem. não me deixem fugir. mas é impossível fugir quando todos os lugares são a sua casa...


(queridos. obrigada pros dois. pelo post e pelos comentários... lindos)