quarta-feira, agosto 30, 2006

"relogiando"

e lá se vai mais uma dia.

terça-feira, agosto 29, 2006

redundância

ficava em média duas horas esperando
aqueles dois minutos terminarem.
mas os minutos, afinal, nunca terminam.
Porque sai um, vem outro...
como num relógio.

sopas e laranjas

fazem das laranjas, suco.
por que se bebe o que se pode comer?
acontece o mesmo com as sopas.

sábado, agosto 26, 2006

roubos, por enquanto

"uma noite longa, pra uma vida curta"

terça-feira, agosto 15, 2006

pra ele, por hoje

hoje aquele tal "menor"
transformou sua minoridade
na maior minoridade que eu já vi.
lindamente, não posso deixar de dizer...

parabéns pro menino-klein-klee-calder
que faz monocromo, rabiscos e móbiles de vento...

da Mayra

continua

caminha até a janela, que antes longe longe estava.
mas agora beira a "beradinha". encosta o ventre no parapeito
quando o ar insiste em adentrar sua côncava superfície abdominal.
em seguinda já o perde, e assim perde também o encontro assombroso com a beirada.
mas é tudo uma questão de insistência no caso dele.
não que ele insista. não, nada disso.
é o ar que insiste.
e é só por isso que vence. por insistência.
veja bem: o ar insiste em adentrá-lo. vence. e adentra.
o ar insiste então em abandoná-lo. vence. e abandona.
e desse jeito, estupidamente "mariposa" na luz, ele sobrevive. beirando a "beradinha".

segunda-feira, agosto 07, 2006

.

CALA A BOCA E RESPIRA!

ar.

e ele caminha. tem muito ar entre nós. não é vazio, é ar.
e ele caminha.
a janela fica longe, longe longe.
e o ar é pesado. mas e daí? vale quanto pesa, reza, leva.
já rezei. reza pra aplacar. mas tem coisa que faz o mesmo. um vaziozinho caí bem. ou melhor faz-me cair bem. e como é bom quando o tombo é bem caído. cair de jeito é um jeito tão desajeitado de cair.
um vaziozinho, por favor! um vazio para um tropeço que tenta chegar. se o vazio vem o tropeço acontece e se ele acontece vem o tombo e o tombo é realmente um cair de jeito. Nada de cair desajeitado, isso é coisa pra papel! papel que quer voar, quer voar e até que voa. até que voa bem... vai caindo, desajeitado, até tocar, de leve, a superfície passiva do chão... isso não é tombo! se bem que não tem como cair de jeito nesse lugar onde estamos.
ele já disse que existe muito ar entre nós. ar deixa o tombo desajeitado, não tem jeito mesmo... ar é uma merda mesmo. meia boca como quase tudo. faz uma pergunta, ele responde: "sei lá..." "vamos ver"... "deixa acontecer"... isso é coisa de papel. papel que cai desajeitadamente na superfície passiva e morta que é a superfície terrestre. Ar não faz voar nem pesa sobre minha cabeça e me imobiliza. ar é coisa muito meia boca.
e se tem ar entre nós não é a toa. sabemos bem. ar é isso. nos mantem sobrevivos. não vivos. manter não é coisa de vida. manutenção é coisa de ar mesmo.
respira então.

empreitada insônia

nem ao menos 24 horas
pra ser vagabunda.

palavras clichês (para tempos de... desformatura!)

minha des-formação
ganhou mãos, braços e abraços.
fui contida e desfeita por todos os lados.
nadei no liso, caminhei no estriado.
amei vocês.
estou amando.
tempo em vinil,
sépia russa em lazer,
Lp´s minoritários com desenhos "klee-klein-Calder".
sou um Maior abandonado em tempos de afectos.

*obrigada Fábio, Cris, Chico, Marcele, (meus amigos "lisos") e Lu (meu menino-menor)

quinta-feira, agosto 03, 2006

roubo necessário (para tempos de...)

Eu tô perdidoSem pai nem mãeBem na porta da tua casaEu tô pedindoA tua mãoE um pouquinho do braçoMigalhas dormidas do teu pãoRaspas e restos Me interessam Pequenas poções de ilusãoMentiras sinceras me interessam Eu tô pedindoA tua mãoMe leve para qualquer lado um pouquinhoDe proteçãoAo maior abandonadoTeu corpo com amor ou nãoRaspas e restos me interessamMe ame como a um irmãoMentiras sinceras me interessam Estou pedindoA tua mãoMe leve para qualquer lado Só um pouquinhoDe proteçãoAo maior abandonado...