segunda-feira, abril 03, 2006

2001

"Poesia de guardanapo para a noite clara e sólida.
quiseste tu escolher teu caminho.
Intenso, mas curto
constante, mas longo?
quiseste tu me ver na luz clara da lua, morta e gélida.
quisera eu que a escuridão fosse vazia e a claridade intensa.
quisera eu acreditar na verdade única. que verdade seria?
aquela que me acalenta ou que me faz pensar?
querendo mudar, querendo sempre se acomodar".

"Poema de verso (tentativa dois, como acertar?)
por vezes seguidas tentar.
atentar ao pudor.
tentar, causando dor.
por inúmeros instantes procurar palavras de amor.
por que não calar?
não permitir esta ofensa nem o gesto do lugar.
fugir para longe: esfriar, esfriar.
Esquisito, mal sabe o que dizer,
página louca, perturbada,
que deseja o fim da carga, energia quer morrer.
(e a luz da lua inconstante a aparecer, grita:
-sou luz... do sol...)".

"Pede a todo instante
pelo fim do instante.
Ou pelo instante sem fim.
o que pedir?"

"Pensa nas promessas e mentiras ditas ao arvoredo.
Pássaros que escutam, sementes que brotam com medo.
O chão já concreto, despede suas raízes.
o caminho já nasce fraco, luta para prosseguir.
- tudo medo de si mesmo - diz o passarinho,
dono de longas asas, preparado para voar.
- que posso eu fazer, sem penas, só raízes?
- podes plantar o broto, que será o alimento da minha liberdade.
É. todos os sentimento são egoístas, inclusive os de liberdade".

2 comentários:

Anônimo disse...

LINDOS escritos de guardanapo e de verso.
verso do guardanapo?
e o verso do ano que passou, pode ser agora?
o verso como tentativa dois, vem depois? se vem, então 2006 pode ser verso de 2001?
hum...
comuN

MayrA disse...

Sim, sim!
verso no guardanapo, verso de guardanapo...
a tentativa dois vem depois, esperando o instante ser mais instantâneo para que o depois viesse logo...
2006 verso de 2001, nada de Inverso dessa vez...
beijosss